PERINEAL
HÉRNIA REPAIR USING PROPYLENE MESH (PLUG MESH) – CASE REPORT OF A DOG
Luciano
Schneider da SILVA ¹, Ashbel
Schneider da SILVA ², Melânia P.
de Oliveira FRAUZINO 3, Jalily Bady
HELOU 4, Ingrid Bueno ATAYDE 5, Neusa Margarida PAULO6
1.Doutor
em Patologia Clínica Cirúrgica
(EVZ/UFG), Docente do Setor de Clínica e Cirurgia da EVZ/UFG, Médico
Veterinário Cirugião da CVB, Goiânia, Goiás, Brasil. www.cirurgiaplasticaanimal.blogspot.com
2.
Médico Veterinário Residente R1 – HV/EVZ/UFG, Goiânia/GO.
3.
Acadêmica de Medicina Veterinária - EVZ/UFG, GO/Brasil.
4. Médica
Veterinária Residente - R2 (HVET/EVZ/ UFG), Goiânia, GO, Brasil.
5.
Doutora em Ciência Animal (EVZ/UFG), Médica Veterinária Autônoma (Ver-o-bicho,
Goiânia Goiás Brasil)
6.
Docente do Setor de Clínica e Cirurgia da EVZ/UFG, Goiânia, GO, Brasil.
ABSTRACT

KEYWORDS: Plug mesh, propylene, dog.
INTRODUÇÃO
As hérnias perineais caracterizam-se
pela ruptura, enfraquecimento ou separação de um ou mais músculos que compõe o
diafragma pélvico, ocasionando um deslocamento de estruturas anatômicas em
direção caudal, evidenciado por um intumescimento da região do períneo, sendo
que esta condição pode ser uni ou bilateral (FERREIRA & DELGADO, 2003). A
etiologia exata da hérnia perineal ainda permanece desconhecida, concorrendo
para o seu aparecimento à combinação de um ou mais fatores, entre os quais se
destacam predisposição genética, alterações hormonais por disfunção nos
receptores hormonais prostático, atrofia muscular neurogênica ou senil,
patologias intestinais e patologias prostáticas, sendo mais comum em cães de a
partir de 7 anos de idade. A doença é
rara em fêmeas (MORARTI & RAHAL, 2005) nas quais a apresentação sugere
alteração estrutural no colágeno, ocorrendo alteração da matriz extracelular
(BELLENGER & CANFIELD, 2003). Os sinais clínicos mais citados são tenesmo,
constipação e aumento de volume perineal, que pode ser redutível ou não. Se
houver retroflexão da bexiga urinária, ocorrerão estrangúria, disúria e anúria (ETTINGER & FELDMAN, 2004). O
diagnóstico deve-se basear na história clínica, sinais clínicos, bem como
exames físicos, radiográficos e ultra-sonográficos e o tratamento é cirúrgico (BELLENGER
& CANFIELD, 2003).
O presente caso é relatado com
intuito de evidenciar os aspectos benéficos da correção cirúrgica de uma hérnia
perineal de um cão com o uso de tela de polipropileno em cone.
DESCRIÇÃO DO CASO



RESULTADOS
E
DISCUSSÃO
Após 20 dias, foram retirados os
pontos de pele, havendo grande melhora no quadro do animal em resposta ao
tratamento cirúrgico. A tela de polipropileno foi introduzida na pratica
cirúrgica por Usher, em 1958. Após vários estudos, a mesma tem sido considerada
como o material de escolha no reparo de hérnias (KLOSTERHALFEN, et al., 2005).
Todas as telas causam resposta inflamatória crônica com o desenvolvimento de
granuloma e formação de cápsula fibrosa (Babensee et al., 1998). A
tela de polipropileno promove uma resposta inflamatória moderada do tipo corpo
estranho que leva à fibrose, sendo que esta é desejada quando se propõe a
oclusão definitiva do anel herniário,
impedindo a recidiva da hérnia. Segundo GRECA et al. (2000), as telas de
polipropileno apresentam baixos índices de células gigantes de corpo-estranho,
denotando boa tolerância biológica, além de infiltração fibroblástica
intensa, indicando incorporação satisfatória do material. Todas estas
características encorajam o emprego deste biomaterial para
a correção da hérnia perineal no cão.
CONCLUSÃO

REFERÊNCIAS
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Host
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